Literatura 2ª Geração do Modernismo (1930 a 1945)

Postado Por Professora Juliana - 28/07/2011 >>>>>>> 6564 Visitas

- Início: publicação de "A bagaceira" de José Américo de Almeida em 1928

• Poesia – despreocupada com as questões imediatas de 22, volta-se para as questões universais do homem e para os problemas da sociedade capitalista.

• Prosa – Nos anos 30, a ficção dá novo salto qualitativo com o aparecimento de escritores que voltam-se para os problemas de sua realidade imediata, Neo-Realismo, o que ocasiona o surgimento de uma literatura regional, caracterizada pela denúncia social. A seca (Nordeste), por exemplo, torna-se um dos temas mais importantes desse momento. Os escritores se distribuem basicamente em três vertentes:

a) Prosa regionalista – As raízes do regionalismo já se encontravam no século anterior, com José Alencar (O sertanejo), Visconde de Taunay (Inocência) e Franklin Távora (O cabeleira). Predomina a denúncia a denúncia das injustiças sociais e dos problemas econômicos do Nordeste, o drama dos retirantes da seca e da vida sofrida da população pobre. No Nordeste: temas: a seca, o cangaço, o fanatismo religioso, o coronealismo, a luta pela terra, a crise nos engenhos de cana-de-açúcar. José Américo de Almeida em A bagaceira, dá início, e mais tarde passou a ser explorado por Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, tendo como obra máxima do romance nordestino Vidas secas (1938) de Graciliano Ramos. No Sul do país na ficção histórica e épica de O tempo e vento de Érico Veríssimo em que se destaca o homem hostilizado pelo ambiente, pela terra, pela cidade, pelos poderosos, o homem sendo devorado pelos problemas que o meio lhe impõe.

b) Prosa urbana – abordagem sociológica: José Geraldo Vieira, Érico Veríssimo e Marques Rebelo são os que mais se destacam ao retratar o ambiente e as personagens das grandes cidades de então.

c) Prosa intimista – abordagem de introspecção psicológica: Lúcio Cardoso, Dionílio Machado, Otávio de Faria e Clarice Lispector (esta será analisada na 3ª fase do Modernismo).


Roteiro de estudo – 2ª Geração modernista - Prosa

1 – Período da Segunda Fase vai de _________ a _________, marcado por um período construtivo.

2 – A obra que didaticamente dá início à Segunda fase do Modernismo é _______________, de_________________________________ em __________.

3 - As três características básicas da geração de 30 são: ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________

4 – A outra corrente literária que também retratou o regionalismo foi o ______________________.

5 – No período de 30 a 45 quem comandava o Brasil? __________________________________.

6 – Autores regionalistas desse período: ________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________

7 – Autores urbanos: ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________

8 – Autores da prosa intimista: _______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________

9 – Romance que mostra a condição de vida do nordestino com intenções críticas e sugestões de reforma e que inaugura o segundo momento modernista é ____________________________ de __________________________________________. Mostra também o amor de Soledade e Lúcio, cujo desfecho é dramático.

 

AUTORES  2ª GERAÇÃO MODERNISMO BRASILEIRO  NA PROSA– VIDA E OBRA


    1- Graciliano Ramos

*Quebrangulo (AL) – 1892 / + Rio de Janeiro (RJ) – 1953
Fez os primeiros estudos no interior de Alagoase tentou o jornalismo no Rio de Janeiro. Regressou a Palmeiras dos Ãndios (AL), cidade da qual foi prefeito em 1928, renunciando ao cargo dois anos depois e passando a dirigir a Imprensa Oficial de Estado. Em 1933, foi nomeado Diretor da Instrução Pública. Por suspeita de ligação com o comunismo, foi demitido e preso em 1936. Remetido ao Rio de Janeiro, permaneceu encarcerado na Ilha Grande, onde escreveu “Memórias do cárcere”. Em 1945, aderiu ao partido Comunista Brasileiro.


Obras:

Romance: Caetés (1933); São Bernardo (1934); Angústia (1936); Vidas Secas (1938)
Conto: Insônia (1947).
Memórias: Infância (1945); Memórias do Cárcere (1953); Linhas tortas (1962); Viventes das Alagoas (1962). As duas últimas foram publicadas postumamente.
Lit. Infantil: Histórias de Alexandre (1944); Histórias incompletas (1946)


Características da obra:
De maneira geral, seus romances caracterizam-se pelo inter-relacionamento entre as condições sociais e a psicologia das personagens, ao que se soma uma linguagem precisa, “enxuta” e despojada, de períodos curtos, mas de grande força expressiva.

Caetés(1933) – romance de estréia, gira em torno de um caso de adultério ocorrido numa pequena cidade do interior nordestino e não está à altura das obras subseqüentes.
São Bernardo: Narrado em 1ª pessoa pelo protagonista Paulo Honório, que se propõe a contar sua dura vida, de guia de cego a proprietário da Fazenda São Bernardo. Dotado de muita vontade e ambição, depois de uma vida de lutas e brutalidades, adquire a propriedade São Bernardo, onde fora trabalhador de enxada. Homem bruto, trata as pessoas como “coisas”.Casa-se aos 45 anos com a professora Madalena, mulher generosa e humanitária com os empregados da fazenda, única pessoa que não consegue transformar em objeto. Iniciam-se os desentendimentos entre eles, e nem o nascimento do filho põe fim àquela situação. Angustiada pelo despotismo e pelo ciúme doentio de Paulo Honório, Madalena suicida-se. Aos poucos, todos abandonam S. Bernardo; uma queda dos negócios leva a fazenda à ruína. Sentindo-se só, Paulo Honório procura escrever sua própria história. No decorrer da narrativa, sua consciência avança com relação ao próprio significado íntimo de sua existência, que é desanimador. Balanço trágico de um homem que, perdido nos laços confusos do sistema social, acabou por desumanizar-se para poder viver: “a culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste”.
O social e o psicológico se fundem para criar uma obra de profunda análise das relações humanas. Analisa as questões da ambição, do poder do ciúme, do desejo materialista de possuir bens, mesmo em prejuízo de pessoas e sentimentos.
Vidas secas: Narrado em 3ª pessoa, é um romance composto de quadros, tendo como personagens o vaqueiro Fabiano; sua mulher, Sinhá Vitória; seus filhos, o Menino mais Velho e o Menino mais Moço e a cachorra Baleia. O autor retrata a condição subumana dessa família. O romance começa com uma fuga da seca, e retrata um período de breve estabilização numa propriedade abandonada; explorados pelo fazendeiro, animalizados pela seca, os miseráveis terminam com nova retirada.O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em todos os momentos da narrativa, agindo de forma contínua sobre os seres vivos. Calados, os personagens aceitam a vida que a seca lhes oferece, tornando-se cada vez mais embrutecidos.Como a própria vida das personagens, a narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes, repetitivos e sem ligação cronológica.
Angústia: narrado em 1ª pessoa. Trata-se de um romance de introspecção,  focalizando a mente atormentada e corroída por uma profunda crise que acomete o personagem-narrador Luís da Silva. Funcionário público, intelectual de esquerda, o quarentão Luís da Silva sonha com a publicação de suas obras, quer uma sociedade mais justa e pretende se casar com  a jovem Marina. No entanto, a mulher tem sonhos diferentes, deixando-se seduzir pelo rico comerciante e vulgar conquistador, Julião Tavares. A narrativa acompanha o fluxo de consciência do protagonista que, cada vez mais, é levado pelo desejo de vingança, já que se encontra encurralado em um turbilhão de pensamentos e neuroses. Luís da Silva acaba cometendo o crime – mata o amante de Marina – e enfrenta o mais terrível dos desafios: conviver consigo mesmo.
Destaca-se Memórias do cárcere (1953), depoimento sobre as condições dramáticas de sua prisão durante o governo do ditador Getúlio Vargas.


2 - José Lins do Rego

           
José Lins do Rego Cavalcanti - * Pilar (PB), 1901 / + Rio de Janeiro , 1957
De família ligada á produção açucareira, criou-se no engenho do avô, fato que iria influenciar a sua obra. Formou-se em Direito, no Recife, e foi promotor em minas Gerais. Exerceu, como funcionário do Ministério da Fazenda, o cargo de fiscal de bancos, em Maceió, onde conviveu com Graciliano Ramos, Raquel de Queirós e Jorge de lima. Em 1935, fixou residência no Rio de Janeiro e, em 1953, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Obras:

Romance: Menino de Engenho (1932); Doidinho (1933); Bangúê (1934); O moleque Ricardo (1935); Usina (1936); Pureza (1937); Pedra Bonita (1938); Riacho Doce (1939); Ãgua-mãe (1941); Fogo Morto (19430; Eurídice (1947); Cangaceiros (1953).


Características da obra:
Sua estréia literária deu-se em 1932, com o livro MENINO DE ENGENHO, ponto de partida para o ciclo da cana-de-açúcar. Seus romances, conforme a temática, são reunidos em;
- O ciclo da cana-de-açúcar – as obras deste ciclo são as mais importantes. Nelas o autor procura retratar o início da decadência dos senhores de engenho, o advento da usina-de-açúcar, com seus métodos modernos de produção, e a formação de uma nova estrutura econômica e social na região açucareira do Nordeste. As características marcantes desse ciclo são; o memorialismo, a visão do mundo sob a ótica do senhor de engenho, a linguagem espontânea e certa consciência crítica em relação à miséria e ao subdesenvolvimento do Nordeste. Obras desse ciclo: Menino de engenho, Doidinho , Bangüê, Usina e Fogo Morto (esta a que mais se destaca). O três primeiros são romances de sugestões autobiográficas. A personagem Carlos de Melo identifica-se com o próprio autor.
- O ciclo da seca, do cangaço e do misticismo: Pedra Bonita e Cangaceiros.
- Obras independentes; O moleque Ricardo, Pureza e Riacho Doce (que de algum modo associam-se aos ciclos anteriores, ligados à paisagem do Nordeste). 


Fogo Morto
É considerado o melhor romance de José Lins do Rego. Pertence ao ciclo da cana-de-açúcar e está dividido em três partes:
1ª parte – “O mestre José Amaro”- enfoca principalmente a figura desse velho seleiro frustrado, que mora com a mulher e a filha nas terras do engenho de Santa Fé, cujo dono, Lula de Holanda, quer que ele vá embora. Às brigas com o senhor de engenho somam-se as desilusões com a própria profissão e com a vida familiar, com sua filha solteira sempre chorando pelos cantos, sua mulher a resmungar.
2ª parte – “O engenho de seu Lula”- trata da história do Santa Fé, que prosperou com seu dono, o capitão Tomás Cabral de Melo, mas que foi se acabando nas mãos do genro Luís César de Holanda Chacon, o seu Lula, casado com Amélia.
3ª parte – “O capitão Vitorino” – compadre do mestre Amaro e espécie de herói quixotesco, que vivia lutando e brigando por justiça e igualdade, sempre em defesa dos humildes contra os poderosos da terra, sendo por isso ridicularizado. É, no entanto único que permanece firme até o fim, pois o mestre Amaro, não suportando as frustrações e a solidão ( a filha enlouqueceu e fora internada e a mulher o abandonara), acaba por suicidar-se, enquanto o coronel Lula, atacado por doenças, está praticamente morto.
            Destaca-se a habilidade do autor em estruturar as seqüências narrativas, entrelaçando as ações das personagens em todas as partes e fixando a decadência econômica do engenho Santa Fé juntamente com a decadência da própria vida das famílias que lá moravam. Do amplo quadro das personagens, sobressaem-se ainda o cangaceiro Antônio Silvino, o cego Torquato, o negro Passarinho e o coronel José Paulino.
José Lins do Rego era um romancista telúrico, isto é, um homem intimamente ligado à terra de origem. Segundo Gilberto Freyre: “Menino de engenho” é o maior depoimento humano que temos sobre determinada região do Brasil, de grande interesse sociológico e mesmo econômico para o estudo da ascensão e declínio do engenho latifundiário do Nordeste, absorvido pela usina, no processo de mecanização da lavoura açucareira, mostrando, conseqüentemente, o esplendor e a decadência do senhor de engenho, bem como os conflitos entre este tipo patriarcalista e o bacharel”.

 

Roteiro de estudo 1  – Graciliano Ramos e José Lins do Rego  (Responder na própria folha)


1 - Onde nasceu e morreu Graciliano Ramos? E por qual motivo foi preso?

 

2 - Cite o nome dos quatro romances de Graciliano Ramos.

 

3 - Qual o romance de estréia de Graciliano Ramos? E quais as principais obras?

 

 

4 - A problemática da posse e da coisificação de ser humano encontra-se expressa de maneira excepcional em que obra de Graciliano Ramos?

 

5 - O que caracteriza a linguagem ficcional de Graciliano Ramos?

R: linguagem precisa,  ...

 

6 - Onde nasceu e morreu José Lins do Rego? E onde foi criado?

 

7 - Como pode se dividido o conjunto da obra de José Lins do Rego? Dê o nome das obras de cada ciclo.

 

 

8 - O que caracteriza as obras de José Lins do Rego pertencentes ao chamado ciclo da cana-de-açúcar? E qual obra que mais se destaca?

 

 

9 - Fale resumidamente sobre o assunto de São Bernardo, Vidas Secas e Angústia de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego. (utilize o espaço abaixo e o verso desta folha)

 


3 - Rachel de Queiroz


Raquel de Queiroz (1910) – tornou-se conhecida com a publicação de O Quinze (1930), obra em que aborda a seca. Militou no Partido Comunista e, em 1937, foi presa por defender idéias esquerdistas. Publicou nesse período os romances João Miguel, Caminho de pedras e As três Maria. Dedicou-se ao teatro e à crônica jornalística. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1992, depois de mais de cinquenta anos sem se dedicar ao gênero, a autora surpreendeu o público com uma nova produção, o  romance Memorial de Maria Moura.
No conjunto, a prosa de Rachel Queiroz é enxuta e dinâmica, sobretudo pelos efeitos que a autora extrai da técnica do discurso direto, o que associa sua forma de narrar à tradição da novelística popular. Como conseqüência, seu texto ganha agilidade, aproxima os fatos narrados e se torna saboroso ao gosto do grande público. Embora as obras da escritora cearense se voltem para a denúncia da realidade social, seu texto introduz elementos psicológicos, conferindo uma dimensão mais completa e humana aos problemas abordados.


O QUINZE – O tema deste romance é a seca, enfocando a dimensão social, sem deixar de lado a análise psicológica de algumas personagens. A marcha penosa e trágica de Chico Bento, que representa o retirante, constitui o núcleo dramático da obra. Paralelamente, desenvolve-se o drama da impossibilidade de comunicação afetiva entre Vicente e Conceição – ele, um proprietário rural sensível à miséria que o rodeia, mas impotente para eliminá-la; ela, uma moça da cidade, atraída pela figura livre e franca de Vicente, mas que não consegue penetrar em seu mundo rude, quase selvagem.


4 - Jorge Amado

Jorge Amado (1912, Itabuna – BA /2001 - Salvador – BA) – Costuma-se dividir a obra de J. Amado em duas fases. As obras da fase inicial são ideologicamente marcadas por ideias socialistas, caracterizadas por forte conteúdo político e denúncia das injustiças sociais. Em romances como O país do carnaval, Cacau e Suor, o autor retrata, num tom direto, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares, abordagem que foi aprofundando ao longo de sua carreira. A seca, o cangaço, a exploração do trabalhador urbano e rural, o coronelismo são alguns dos temas abordados. O esquematismo psicológico das obras dessa primeira fase leva a uma divisão do mundo em heróis (marginais, vagabundos, operários, prostitutas, meninos abandonados etc.) e vilões (a burguesia urbana e os proprietários rurais).
Tendo a Bahia como espaço social de suas obras, em Capitães de areia, o escritor denuncia o abandono das crianças de rua de Salvador; em Terras do sem fim e São Jorge dos Ilhéus, retrata as lutas entre os coronéis de cacau e exportadores.
A fase final de sua obra, em romances como Gabriela cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos e Tieta do Agreste, entre outros, o autor compõe um rico painel de costumes da sociedade baiana em seus aspectos culturais, com elementos folclóricos e populares (os costumes afro-brasileiros, a comida típica), comportamentais, lingüísticos, religiosos (o candomblé, os terreiros), etc. O mundo dos marginalizados torna-se então um mundo feliz, pois seus heróis levam uma vida sem preconceitos, sem regras severas de conduta social, o que lhes permite um elevado grau de liberdade existencial.
O excerto a seguir, extraído de Tieta do Agreste, um de seus romances mais conhecidos, retrata um momento de lirismo da obra, o envolvimento amoroso entre Tieta, a protagonista que retorna de São Paulo à sua cidade natal, Mangue Seco (BA), e reencontra seu sobrinho Ricardo, agora crescido e estudante seminarista.



¹           - A benção, tia. Mãe mandou que eu viesse lhe trazer uma encomenda, deixei na mão do Comandante, lá embaixo.
²           - Foi só?
¹           - Disse para eu ficar com a senhora, lhe ajudando.
            [...]
²           - Tu me acha bonita?
¹           - Demais. Bonita e boa. Eu é que não presto, sou ruim de natureza ou bem é castigo de Deus.
²           - Castigo? Por quê?
¹           Não sei, tia.
²           - Se tu não que ficar, pode ir embora.
Em seguida, neste instante. Aponta para baixo, deita-se de novo sobre a areia, o corpo exposto, a saia aberta, a blusa desatada. A voz de Ricardo chega de longe, do fundo do tempo.
¹           - Estou com medo de ofender a Deus e de lhe ofender, tia, mas tenho vontade de ficar.
            [...]
²           - Tenha medo, não. Nem de mim nem de Deus. Venha, se deite.
Os corpos flutuam no luar, na música das vagas. Lua, estrelas, mar, os mesmos do passado, iguais. Que importam idade, parentesco, batina de seminarista? Uma mulher, um homem, eternos. [...]

(Jorge Amado, Tieta do Agreste)


5 - Érico Veríssimo

A estreia de Érico Veríssimo (1905-1975) na literatura ocorreu em 1932 com Fantoches (contos). O marco inicial de sua popularidade, entretanto, foi a publicação do romance Clarissa em 1933.
A obra do autor costuma ser dividida em três fases:
Primeira fase - Romance urbano: inicia-se com a publicação de Clarissa (1933), obra em que acaba sendo a primeira de uma série de romances – Caminhos cruzados, Música ao longe, Um lugar ao sol, Saga – que têm como traço de união a presença constante de certas personagens, principalmente os pares Vasco-Clarissa e Fernanda-Noel, e completa-se com Olhai os lírios do campo e O resto é silêncio. Essa primeira fase caracteriza-se pelo registro do cotidiano da vida urbana de Porto Alegre e pela apresentação de certos problemas morais, sociais e humanos decorrentes da vigência de valores degradados.
Segunda fase – Romance histórico: o autor deixa de lado o presente e mergulha numa ampla obra cíclica, denominada O tempo e o vento, cujo objetivo é reconstituir as origens e os episódios da formação social do Rio Grande do Sul, abrangendo duzentos anos de história de 1745 a 1945. Essa obra é uma trilogia composta por O continente (1945), O retrato (1951) e O arquipélago.
Terceira fase – político: O senhor embaixador (1965), O prisioneiro (1967) e Incidente em Antares (1971) foram escritos durante o período da ditadura militar (1964-1985), caracterizada por uma postura mais universalista, mais crítica e de engajamento social, que denunciam os males do autoritarismo e as violações dos direitos humanos. Dessa fase destaca-se Incidente em Antares


Roteiro de estudo 2 – Rachel de Queiroz

*1910 – Ceará – foi a primeira mulher a ingressar na Academia brasileira de Letras
1 – Romances: __________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

2 – Características: enxuta e __________________________________
Denúncia da ________________________________
Introduz ____________________________________
Dimensão: ______________________________________________________

3 – “O Quinze” retrata, por um lado, __________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________ , e, por outro lado, o romance entre _____________________________________________________________________________________________________

 

Roteiro de estudo 3 – Jorge Amado

*Itabuna (BA) 1912 / Salvador (BA) 2001

1 – Romances da 1ª fase: __________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

2 – As obras dessa 1ª fase são caracterizadas por forte ___________________________________________________________
e denúncia das _____________________________________________.

3 – O autor retrata ainda nessa fase, num tom direto e lírico, temas como a _____________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
____________. Além disso, aborda também a seca, _____________________________________________________________
________________________________________________________________________________.

4 – O esquematismo psicológico das obras dessa fase leva a divisão do mundo em heróis, que são os ______________________________________________________________________________________________________
___________________________________etc e de vilões que são a ________________________________________________
_______________________________________________________________________________

5 – Espaço social retratado por Jorge Amado: ______________________ (estado)

6 – Obra em que denuncia o abandono das crianças de rua de Salvador é ____________________

7 – Obras da 2ª fase de J.A. ________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

8 – Nessa 2ª fase o autor retrata os costumes da ___________________________________ em seus aspectos ______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________

9 – O mundo dos marginalizados torna-se o mundo ________, pois seus heróis levam uma vida ______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________, o que lhes permite um grau de liberdade existencial maior.

 

Roteiro de estudo 4 – Érico Veríssimo

*1905 Cruz Alta (RG) / 1975 – Porto Alegre (RS)

1 – Primeira publicação de E. V.: _______________________________________

2 – Obra que marca sua popularidade: ____________________________________

3 – Obras da 1ª fase urbana: ________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________.

4 – Características da fase urbana: registro do ___________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________,
_______________________________________________________________ valores degradados.
5 – Obras da 2ª fase histórica: _____________________________________ (trilogia: ___________________________________
____________________________________________________________________)

6 – Em O tempo e o vento, o autor reconstitui as _________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________,
abrangendo _______________________ de história de _________ a __________.

7 – Obras da 3ª fase política: ________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________.

8 – Essa fase política é caracterizada por uma  ___________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ e as violações dos direitos ______________.


Aplicando

1 – O romance regionalista nordestino que surge e se desenvolve a partir de 1930, aproximadamente, pode ser chamado de neo-realista. Isso se deve ao fato de que esse romance:
a) Retoma o filão da temática regionalista, descoberto e explorado inicialmente pelos realistas do século XIX.
b) Apresenta, através do discurso narrativo, uma visão realista e crítica das relações entre as classes que estruturaram a sociedade do Nordeste.
c) Tenta explicar o comportamento do homem nordestino pelos fatores raça, meio e momento com base numa postura estritamente científica.
d) Abandona de todo os pressupostos teóricos do Realismo do século passado, buscando as causas do  comportamento humano mais no individual do que no social.
e) Procura fazer do romance a anotação fiel e minuciosa da nova realidade urbana do Nordeste.


2 – Identifique as afirmativas incorretas:

a) O movimento modernista brasileiro tem a Semana de Arte Moderna como marco cronológico.

b) A literatura regionalista surgiu com o Modernismo.

c) A primeira fase do Modernismo caracterizou-se por um aspecto demolidor e combativo

d) Um dos objetivos do Modernismo brasileiro foi a formação da consciência criadora nacional.

e)Pelo seu caráter  pouco complexo, podemos ter do Modernismo uma visão clara, sintética e definidora.

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